Decidi escrever sobre isso só agora, porque queria deixar a raiva passar. Escrever sem mágoas.
Descobri do jeito mais difícil, como sempre, que palavras doem. E não é uma dor qualquer, é a dor que destrói, que machuca de verdade. Que nos deixa com um ferimento exposto, ali, em carne-viva.
Sempre preferi palavras duras, uma discussão até, do que o silêncio, pois ele sempre me machucou bastante, além do que nada se resolve com ele. Mas pela primeira vez na minha vida, agradeceria se houvesse acontecido isso, se todas as palavras simplesmente não tivessem sido pronunciadas.
Acredito na teoria de que tudo que fazemos, seja bom ou ruim, volta para a gente. E foi isso que aconteceu. Errei, magoei, falei o que não devia, e recebi em troca tudo na mesma moeda. Erraram, me magoaram, falaram o que não devia. Paguei caro, muito caro mesmo pelo que fiz. E após a tristeza, veio a raiva e a mágoa sem fim. Bom, a raiva passou, e a mágoa está quase indo embora, mas não é fácil. Coisas que realmente machucam vem tão rápido, mas demoram para irem.
E eu, na minha humilde inocência achei que já tinha sido magoada o suficiente, que não tinha como meu coração ser ainda mais machucado. Ele foi dilacerado, quebrado... mas espero eu que todos os cacos possam ser colados, e quem sabe um dia, nem lembrarei que um dia me senti aos pedaços.
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