terça-feira, 18 de maio de 2010

Após quase vomitar meu fígado, as coisas ainda não melhoram. A ância não está só no corpo, mas na alma, na mente. A vontade de botar tudo fora e me esvaziar de coisas que me fazem mal é esmagadora. Todos esses pensamentos, sentimentos e momentos ruins estão se refletindo fisicamente, mas não são eles que estão indo embora; são minhas forças, toda comida que insisto em tentar colocar pra dentro, toda minha energia...
Eu sou o problema, e sei disso. Sou eu que me deixo ser levada pelas emoções. Mas a muito tempo que isso não acontecia. E dessa vez a dor é mais forte que a de quase três anos atras. Dessa vez a dor é mais profunda. Agora ela esfrega bem na minha cara que eu não mudei, que não me tornei forte e nem me livrei dessa bagagem pesada de sentimentos. E eu achando que depois de tantas lágrimas naquela época, jamais sofreria de novo. Ah, que ingenuidade de minha parte. "Apanhar" da vida é rotina, mas agora, é uma rotina que não consigo largar. É, cometi muitos erros, mas fiz. E agora? O que que eu estou fazendo? Me destruindo minuto a minuto, chegando cada vez mais perto do limite do meu corpo.
Como disse, sou o problema e sei disso, mas sempre fui um problema pequeno, e foram coisas e pessoas somadas a ele que fizeram disso uma avalanche aparentemente sem fim. Preciso do seu apoio, do apoio de muitas pessoas. Quero colo, quero chorar por cinco horas seguidas, me contorcer de dor, mas ter suas mãos nas minhas. Não só as suas, quero mãos de muitas pessoas junto com as minhas! Assumo que uma ou duas são sim, mais benéficas, mas na hora do desespero qualquer mão amiga (literalmente) é bem vida.
Preciso de calma, e isso é que sempre me faltou, e hoje nem faz parte do meu cotidiano. Mas eu preciso mudar. E a cada segundo de dor, é um sinal na minha cabeça dizendo: Fique com o que vale a pena, descarte o que não vale. Como avaliar isso? Seria legal se eu soubesse.
Meu corpo todo dói, lateja. Como é que uma dor de estômago pode fazer um estrago tão grande? É, estou tão tensa que cada músculo esta em sintonia com o estômago. E cadê a voz que vai me tirar tudo isso? Cadê a força que eu jurava ter dentro de mim?
E nesse duplo sentido constante que está o texto, acho que pensando bem sempre soube o que era correto fazer: cuidar de MIM. Querer do meu lado só quem realmente se importa comigo e com meu estado. Quem ta aqui me ouvindo chorar, quem ta aqui torcendo por mim, e não me fazendo piorar.

Se não faz sentido, talvez com o tempo faça.

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